sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Brasil sil sil







O que mata nosso Brasil são as burocracias desnecessárias e sua mania preguiçosa que Dom Pedro e sua corja nos legaram, de sempre repassar a responsabilidade a alguém e os problemas se perpetuarem com o passar dos séculos. Nunca foi tão difícil fazer uma denúncia em nossa famigerada cidade, seja contra um picoleiro ou uma pessoa de alta classe social.





Acreditem, que mesmo se a denuncia for a favor do governo, como por exemplo, um terreno público sendo invadido e devastado por cidadãos comuns, no bairro do Saboeiro, ainda assim, a denúncia não é investigada pelos órgãos que têm o dever de fazê-la como a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM), IBAMA... É o mesmo blá blá blá de sempre, um passando a bola pro outro, e as nossas riquezas que se danem, cada um que faça o que quiser neste país sem lei e provinciano.



Falam de um Brasil de sorriso aberto, de pessoas que apesar de viver numa realidade bizarra, conseguem sorrir e levar a vida numa boa, felizes. Pura forma de utopia coletiva, maquiagem para um país preguiçoso de reagir contra uma forma política e social de manutenção a hipocrisia, passividade e aceitação. Um “jeitinho brasileiro” de continuar perpetuando as condições miseráveis de educação, saúde pública, previdência social, lazer, infra-estrutura e etc, etc, etc.





Enquanto isso, os governantes continuam iguais a bezerros que nunca desmamam de sua mãe vaquinha, o Brasil, um país que tem um dos PIBs maiores do planeta, mas que mesmo assim continua com uma posição ridícula no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre outras facetas que só o Brasil consegue ter diante de tanta riqueza.





Mas vamos ver o futebol da quarta, a novelas das seis, das oito, das nove, o Faustão, vamos ver algumas culturas inúteis para esquecer as atrocidades administrativas que ocorrem a todo minuto, vamos lá Brasil, ganhar mais uma copa do mundo e ajudar ao criança esperança.Vamos lá Brasil sil sil sil.





POR: MBI



Felicidade x Profissão



O trabalho como forma de sustento existe desde a antiguidade, o trabalho escravo de povos que viveram no sistema monárquico, os vassalos da época feudal e o trabalho remunerado na era moderna. Hoje existem milhares de profissões diferentes e nem todos conseguem trabalhar com o que desejam, assim como há também quem está feliz e satisfeito com o que faz.


É o caso de Roberto Nagib (51), que trabalha como motorista de ônibus há 24 anos. “É um prazer dirigir ônibus, faço por amor, é dessa profissão que consigo sustentar minha família”. Afirma Roberto. Ele se sente feliz porque é reconhecido e respeitado nos lugares que passa, por ser um bom profissional e tratar todos os passageiros com carinho e respeito, “não há dinheiro que pague”.


A rotina de Roberto é igual à de milhares de pessoas que trabalham no mercado formal. Acorda todos os dias às 4h da manhã, bate o ponto, trabalha 7h20m por dia, “na verdade 8h20, pra ganhar uma hora extra, no final do mês faz a diferença”, diz, rindo.


Já para Victor Mateus (27) a coisa é um pouco diferente. Ele é músico profissional há 10 anos, não tem que bater ponto, não tem um horário fixo de trabalho e não tem hora pra dormir nem acordar. “Muitas vezes eu troco o dia pela noite, pois meu trabalho começa quando o dos outros termina, mas também enquanto todos trabalham, eu descanso”. (risos).


Mas ele teve de ralar muito para conseguir trabalhar com o que deseja. “Eu comecei tocando na noite e não ganhava quase nada. Devido à cobrança de minha mãe, eu trabalhava consertando bicicleta e instalando som em automóveis durante o dia”. Nos últimos quatro meses, dentro dos 10 anos de carreira, é que Victor está finalmente conseguindo se sustentar unicamente com a música. “Pela primeira vez em minha vida estou conseguindo fazer o que quero sem precisar trabalhar com coisas que não gosto, não é o ideal ainda, mas estou no caminho certo”, contou.


Dora Bahiana (43) é cantora há 14 anos, mas ainda precisa trabalhar em outra área e tenta conciliar a música com essa rotina. “Eu trabalho como consultora da VIVO e consigo cantar, ensaiar e gravar. Apesar de meus horários serem flexíveis, é chato tocar na noite anterior e no dia seguinte ter que trabalhar”. Ela explica o quanto ama a música e sente-se gratificada cantando: “a noite tem um brilho diferente, certamente eu cantaria todos os dias, o chato é pensar que, por ter um papel social, precisamos de grana para sobreviver”, lamenta.


Existem também aqueles que estão extremamente frustrados com o que precisam fazer para sobreviver. É a história, por exemplo, de Viviane Guerreiro (34) que é comerciária. Ela trabalha há um ano e meio na Livraria Saraiva no Salvador Shopping e afirma que não é feliz na profissão. “Eu não consigo realizar meus projetos, fico limitada porque preciso trabalhar nos fins de semana e não posso trabalhar em minha verdadeira profissão”. Viviane é formada em comunicação com Relações Públicas (RP), toca bateria, faz produção cultural e também é atriz. “No momento estou como produtora e atriz em dois videoclipes, mas é complicado conciliar tendo que trabalhar num Shopping”.


Ela acredita que o que a influenciou a não estar trabalhando no que gosta foi à falta de oportunidades. “Trabalhar com arte e ganhar uma grana legal com isso em Salvador é muito complicado”. No momento, Viviane diz não ter um padrão de vida muito alto, mas que não pode sair do emprego por precisar de dinheiro para manter-se e ajudar o marido nas contas cotidianas.


A psicóloga recém-formada Sunna Azevedo 24, diz que atualmente há muitas pessoas frustradas com suas profissões porque é muito comum elas escolherem seus cursos na faculdade aleatoriamente, isso gera conflitos quando estão em suas profissões. “A sociedade moderna nos cobra o tempo todo um diploma, status, e isso faz com que as pessoas, desesperadas, façam qualquer curso em qualquer faculdade”. É por isso que Sunna acredita que a conseqüência disto seja “a existência de um número cada vez maior de péssimos profissionais no mercado de trabalho e pessoas propensas a depressão e outras doenças”.


Para a psicóloga, a pressão familiar também é decisiva nas más escolhas. Os pais, já frustrados, com medo que seus filhos sigam o mesmo destino, os pressionam a fazer um curso “promissor”, como Direito, Medicina, Odontologia, prejudicando assim, sua formação. “Os jovens ainda não estão preparados para fazer escolhas deste tipo e os pais insistem em forçá-los a cursar uma faculdade, que no futuro os deixarão frustrados”.


É muito comum conhecermos pessoas que já fizeram um, dois ou mais cursos, assim como outras que desistem no meio do percurso, abandonando aquela escolha errada, e recomeçando do zero. Foi o que aconteceu com o hoje estudante do 5° semestre de Letras, Márcio Gonçalves 21. “Quando ingressei pela primeira vez na faculdade, eu tinha 18 anos, minha mãe me pressionou para que eu fizesse medicina; fiz a vontade dela, mas quando estava no 4° semestre eu não agüentava mais”, desabafa.


Hoje Márcio é feliz com o curso que está fazendo e faz planos para o futuro: “sei que serei um ótimo profissional. Minha mãe, apesar de não estar contente, respeitou minha decisão e o importante é que eu estou feliz.”, afirma.


Para quem deseja alcançar a felicidade na profissão Sunna dá a dica: “o importante é o ser humano buscar sua verdadeira vocação. Nunca é tarde para recomeçar. O caminho certo é estar feliz com a área escolhida para tornar-se um bom profissional.

POR: MBI E PEDRO COUTO