quarta-feira, 22 de abril de 2009

PROVINCIA BAIANA

E mais uma vez a cidade pede socorro. Seus governantes, mesmo que tacitamente, confessam sua incapacidade de gerir e de planejar, e como bons baianos, deixam tudo pra última hora.

Apesar de nosso governador Jaques Wagner ser carioca, ele vive aqui desde 1974 e já aprendeu que o tempo do baiano perceber as coisas, é outro.



É inexplicável que o governo e a prefeitura de Salvador, só tenham se reunido para falar dos danos que a chuva tem causado, quando a mesma já deteriorou a cidade por quase uma semana. As chuvas nos castigam desde a última sexta feira, 17.

Parece piada de mau gosto, mas foi preciso que casarões e árvores desabassem, pessoas morressem, buracos fossem abertos, bairros alagados, para se ver a movimentação espúria de nossos políticos.


Na tarde de hoje, 22, seis dias após o início das chuvas, no prédio da governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), é que houve uma reunião entre o prefeito João Henrique e o governador em exercício, Edmundo Pereira, para decidirem o óbvio. Que Salvador está em estado de emergência.


Será que esses alucinados distraidinhos sabem o significado de palavras como: Planejamento, precaução, prevenção? Ou eles não sentem na pele o que sentimos por estarem em seus castelinhos construídos sob nosso suor?


Nós, como cidadãos comuns, temos o direito e dever de zelar por nossa cidade, e cobrar destes homens que estão no poder, respeito e cuidado. Foi pra isso que os colocamos lá, para democraticamente nos representar e dar conta do recado.



Por: MBI

quinta-feira, 16 de abril de 2009

E UM DIA DISSE MAHATMA GANDHY...

É Possível Discordar Sem Gritar, Sem Criticar Virulentamente e Sem ofender? Um pensador indiano um dia fez a seguinte pergunta a seus discípulos: - "Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"

- "Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
- "Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?" Questionou novamente o pensador.

- "Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça",retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:- "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.Então ele esclareceu:- "Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se estáaborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações seafastam muito.

Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-semutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão quegritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elasnão gritam. Falam suavemente. E por que? Porque seus corações estãomuito perto. A distância entre elas é pequena.

Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somentesussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequersussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É issoque acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."
Por fim, o pensador conclui, dizendo:


"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, nãodigam palavras que os distanciem mais, pois pode chegar um dia em que adistância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".
MAHATMA GANDHI

IDIOTAS FANÁTICOS

Essa galera que se diz "crente", crente é o cassete, passam a vida toda fazendo merda em cima de merda, e em determinado momento, cansados destas merdas, acham que entrando numa dessas igrejinhas de esquina de bairro "vão alcançar a salvação".
O pior é ficam gritando parecendo uns imbecis possuídos pelo capeta, numa poluição sonora absurda, atrapalhando o descanso de pessoas sérias e trabalhadoras.

A Sucom (Superintendência de controle e ordenamento do solo), que é o órgão responsável por fiscalizar essa berração social, simplesmente se faz de maluca, pelo fato de nosso prefeitinho ter conseguido milhões de votos através desse povinho ignorante, e orienta essa instituição a "deixar essa gente quieta".
Uma palhaçada, coisas que "só se vê na Bahia". Um estado provinciano, com uma sociedade ridícula e mal educada, desde o trânsito ao "público elite do TCA". Depois dizem que eu sou tirado porque vivi na Europa. Um escambal, apenas sou uma pessoa que admira a verdadeira civilização, aquela que não joga lixo pela janela do carro, que não faz de seus estádios de futebol banheiro público, não que isso signifique que o povo europeu seja melhor não, simplesmente são menos piores, porque nós seres humanos, somos verdadeiras bactérias acabando com o organismo planeta Terra.

Por: MBI

TRICOLOR DE PLÁSTICO


 












De fato, o que resta hoje a torcida tricolor, é a inveja. Invejar os grandes clubes que disputam grandes competições e que orgulham seus torcedores.

Chamo de verdadeiros clubes porque ganham e perdem também, todos sabem que ganhar e perder faz parte do futebol. Mas não se perde o brio, a alma e a paixão como perdeu esse Bahia, sem cara, estádio ou qualquer adjetivo que possa ser referido.


O tempo de tricolor de aço foi enferrujando assim como a Velha Fonte Nova. Ruiu, desabando e matando, só que desta vez não foram sete pessoas, mas toda uma nação que viu em tempos de glória, um time que a cada jogo levava a alma de cada torcedor para dentro de campo, corações que às vezes não voltavam ao corpo de origem porque o mesmo se entregava a loucura e a paixão.

Um time de terceira, que jogará uma segunda divisão, saindo por anos consecutivos, da talvez, única competição que poderia enfrentar times de primeira, para ao menos, perder com dignidade e não para times de laia comparável.

Meu Baheeeeeea, o que te aconteceu? Será que a passividade desta massa acoplada a uma corja corrupta que, igual a sangues sugas insaciáveis lhe roubou todo o sangue até lhe ver tacitamente morrer? Será que um dia ainda poderei cantar: Baheeeeeeeeeea, Baheeeeeeea minha vida, Baheeeeeeea meu orgulho, Baheeeeeeeeea meu amorrrrrrrrr?


Eu não sou maluco ao ponto de cantar uma miséria destas, pelo menos não por agora, já cantei isso por muitas vezes, alienado pelo momento fugaz ou sob efeito de algumas cervejas, recebendo lá das arquibancadas as gotas de urinas que vinham do povão tricolor.
Se o Bahia de hoje for uma analogia com a minha vida, serei um mendigo, talvez um Zé ninguém, ou até quem sabe um fulaninho qualquer frustrado que não conquista nada há muito tempo.

Tenho pena dos que diferente de mim não conseguem se abster desse flagelo futebolístico chamado Esporte Clube Bahia, pois irão sofrer até morrer acreditando que isso será novamente um time. Não que isso seja impossível, o problema é que vírus e bactérias instalados em seu todo, não desistirão assim facilmente. Fica aqui registrada a indignação e as flores para esse triste funeral do Tricolor de plástico.

Por:
MBI

BRASIL / ZINHO

O que mata nosso Brasil são as burocracias desnecessárias e sua mania preguiçosa que Dom Pedro e sua corja nos legaram, de sempre repassar a responsabilidade a alguém e os problemas se perpetuarem com o passar dos séculos.

Nunca foi tão difícil fazer uma denúncia em nossa famigerada cidade, seja contra um picoleiro ou uma pessoa de alta classe social.

Acreditem, que mesmo se a denuncia for a favor do governo, como por exemplo, um terreno público sendo invadido e devastado por cidadãos comuns, no bairro do Saboeiro, ainda assim, a denúncia não é investigada pelos órgãos que têm o dever de fazê-la como a SUCOM (Superintendência de controle e ordenamento do solo), SPJ(Superintendência de Parques e Jardins), IBAMA.... é o mesmo blá blá blá de sempre, um passando a bola pro outro, e as nossas riquezas que se danem, cada um que faça o que quiser neste país sem lei e provinciano.
Falam de um Brasil de sorriso aberto, de pessoas que apesar de viver numa realidade bizarra, conseguem sorrir e levar a vida numa boa, felizes. Pura forma de utopia coletiva, maquiagem para um país preguiçoso de reagir contra uma forma política e social de manutenção a hipocrisia, passividade e aceitação.
Um “jeitinho brasileiro” de continuar com condições miseráveis de educação, saúde pública, previdência social, lazer, infra-estrutura e etc, etc, etc.
Enquanto isso, os governantes continuam iguais a bezerros que nunca desmamam de sua mãe vaquinha, o Brasil, um país que tem um dos PIBs maiores do planeta, mas que mesmo assim tem com uma posição ridícula no ranking do IDH, entre outras facetas que só o Brasil consegue ter diante de tanta riqueza.
Mas vamos ver o futebol da quarta, a novelas das seis, das oito, das nove, o faustão, vamos ver algumas culturas inúteis para esquecer as atrocidades administrativas que ocorrem a todo minuto, vamos lá Brasil, ganhar mais uma copa do mundo e ajudar ao criança esperança, vamos ver o Jornal Nacional, com o casal William Bonner e Fátima Bernardes com seus salários astronômicos, enquanto o miserável, peão, se desgraça oito, nove, dez horas diárias para no fim do mês ganhar um salário esdrúxulo para manter seus cinco filhos, que crescem nesse mesmo círculo vicioso de ignorância. Vamos lá Brasil sil sil sil.

Por: MBI
USUÁRIO DE DROGAS NÃO É MAIS CRIMINOSO



Todos sabem que muitas drogas são ilegais como a cocaína, a maconha e drogas sintéticas, a exemplo dos ácidos e êxtases. O que não sabemos é que há uma lei que livra os usuários de entorpecentes da cadeia. Em 23 de agosto de 2006, o presidente Lula sancionou a Nova Lei Antidrogas, n. 11.343, que entrou em vigor em outubro do mesmo ano.

Na prática, é mais uma lei que não funciona no Brasil. Os usuários continuam sendo tratados como criminosos e não tendo os seus direitos respeitados. Quando um usuário é pego consumindo droga é preso, hostilizado, agredido e humilhado.

Baseado nesses argumentos (sem sarcasmo com o termo) existem algumas histórias que divergem completamente da lei, como as que aconteceram com o professor de história e Sociologia *Antônio José, (52). Uma delas aconteceu quando ele estava no bairro da Gamboa, perto do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), em Salvador, e portava uma quantia de maconha para o seu consumo: “fui abordado por policiais militares que, ao constatarem que eu estava com a droga, imediatamente me colocaram no fundo do camburão e me encaminharam para delegacia”.

Impunidade - O outro fato ocorreu no bairro de Valéria, quando o professor e mais dois amigos foram abordados por uma viatura. Eles não estavam com nenhuma droga, mas haviam consumido um cigarro de maconha. Bastou os policiais sentirem o cheiro da droga num papel que um dos amigos de Antônio tinha no bolso, para que se iniciasse a extorsão. Ameaçado, um dos amigos de Antônio teve que dar o salário mínimo que havia recebido poucas horas antes e Antônio deu os únicos 30 reais que tinha. Indignado, Antônio desabafa: “A única vez que fui assaltado na minha vida, foi por policiais”.

Casos como esses são corriqueiros, como a do aluno de Redes de Computadores, da Faculdade Jorge Amado, Luciano Soares, (25). Ele estava com amigos no bairro onde mora, no Trobogy, e também havia fumado maconha. Foram surpreendidos por policiais militares que perguntaram aos jovens se haviam usado maconha, eles admitiram, depois disso os policiais começaram a xingá-los e hostilizá-los, obrigando-os a fazer flexões, e por fim, agredindo-os com tapas no rosto.

O policial Civil Antônio Celestino, (34), que atua como investigador de homicídios, conta uma cena que presenciou em seu cotidiano. Policiais Militares teriam chegado numa delegacia com alguns garotos flagrados usando maconha e que, notoriamente, teriam sido agredidos pelos PMs. “Os meninos estavam tão quebrados que a delegada não quis nem recebê-los, depois de uma discussão, o policial militar e a delegada sacaram as armas um para o outro, foi um momento de muita tensão, tendo outros policiais de intervir”.

Celestino diz achar um absurdo, independente da existência da lei, qualquer cidadão que cometa qualquer tipo de crime, ser agredido por policiais. “Nós, policiais civis, já fomos instruídos a não mais tratar o usuário como criminoso, mas depois dessa lei está um absurdo, outro dia prendemos um cidadão que portava quinze quilos de maconha, mas o advogado dele conseguiu soltá-lo, alegando que era pra consumo”.

O presidente da APPM (associação de Praças da Polícia Militar), o soldado Agnaldo Pinto, diz ser uma situação “complicada. Às vezes realmente há excesso por parte de uma minoria de policiais, mas é porque o usuário de drogas se torna inconseqüente e a polícia acaba entrando em confronto físico, esse policial nada mais está fazendo do que cumprir a lei”.

Relacionado à questão da lei, Pinto diz que ”a justiça é muito dúbia, o usuário não é criminoso, mas não há lugar para esse consumo, então como podemos não prender esse cidadão que está numa praça pública utilizando drogas? Isso é um problema da sociedade, não só do PM, tem que ser discutido com a sociedade”.

A lei 11.343 institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão, à produção não autorizada, ao tráfico ilícito e define crimes.

Para as pessoas que usam drogas, os principais artigos são: Art. 28. - Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I- advertência sobre os efeitos das drogas;II- prestação de serviços à comunidade;III- medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Às pessoas que cultivam para consumo próprio:
Art. 28. § 1o - Às mesmas medidas submetem-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

No entanto, é bom lembrar que isso não significa que há legalização. A Nova Lei ainda é Antidrogas, e apenas prevê que as pessoas que portam ou plantam, que cujas condutas sejam interpretadas como de usuários não podem ser encarceradas. Assim, é importante atentar para fatores que influenciam na interpretação da situação, e nas que podem agravá-la aos olhos das autoridades policiais e judiciárias.

Por: MBI

FOME DE NADA

Em nossa cosmopolita cidade surgem artistas de todos os gêneros e segmentos e a todo o momento nossa esfomeada mídia, aparece com um novo produto cultural para apresentar a sociedade.

Mas uma pergunta vagueia dentro de minha cabeça: Será que gênios como Jorge Amado, criador de obras literárias traduzidas em diversos países, Glauber Rocha, referência nacional para milhares de cineastas, João Gilberto, Dorival Caymmi e Ary Barroso, com composições que retratam nossa Bahia e Brasil por todo o mundo, aparecem mesmo por aí? Ou a espetacularização da mídia é tanta que, põe sob holofotes qualquer um, somente para faturar com a indústria cultural?

Parece uma pergunta complexa, mas se nós pararmos para observar o que acontece nos programas televisivos, na publicidade e na imprensa, surge à constatação de que os artistas da era moderna são preguiçosos para criar, compor novos conceitos, ritmos ou estilos.

Explicando mais diretamente: O famoso jabá ainda prevalece. O artista bonitinho, com sua música bonitinha, desperta em algum empresário, nada bestinha, que tem muita grana, um interesse, não na arte, e sim no lucro que “aquilo” pode lhe trazer.

Contudo, não estou afirmando que não surgem mais artistas ou gênios verdadeiros, ao contrário, se andarmos pelas esquinas de Salvador é o que mais encontraremos. É dessa arte que precisamos; verdadeira, talentosa e pura, livre dessa antiética, criada para lucrar, que serve apenas para entreter, maquiar e lobotomizar, com uma “osmose” frenética, que hipnotiza as mentes ignorantes de informação que o Brasil produz.

Por: MBI