sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Frases, pensamentos e ideologias de Henry Thoreau.



"A maioria dos homens vive uma existência de tranquilo desespero".

"Os homens hão-de aprender que a política não é a moral e que se ocupa apenas do que é oportuno".

"São precisas duas pessoas para falar a verdade, uma para falar, e outra para ouvir".

"A longo prazo os homens acertam apenas para aquilo que apontam. Por isso, embora falhem imediatamente, seria melhor que apontassem para algo mais alto".

"A bondade é o único investimento que nunca vai à falência".

"É tão difícil observar-se a si mesmo quanto olhar para trás sem se voltar".

"Como se fosse possível matar o tempo sem ferir a eternidade".

"Uma grande verdade, mesmo mal sugerida, comove-nos mais do que uma verdade medíocre completamente exprimida".


"Se és escritor, escreve como se tivesses os dias contados, porque, na verdade, eles estão-no quase todos".

"O talento limita-se a indicar a profundidade do caráter numa certa direção".

"Se um homem marcha com um passo diferente do dos seus companheiros, é porque ouve outro tambor".

"O homem mais rico é aquele cujos prazeres são mais baratos".

"É preferível cultivar o respeito do bem que o respeito pela lei".

"Podemos odiar aqueles que amamos. Os outros são-nos indiferentes".

"Benditos os que nunca lêem jornais, porque verão a Natureza e, através dela, Deus".


"A experiência localiza-se nos dedos e na cabeça. O coração não tem experiência".

"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro".

"Às vezes faz bem ficar doente".

"Nada é tão útil ao homem como a resolução de não ter pressa".

"Muitos sabem ganhar dinheiro, mas poucos sabem gastá-lo".

"A virtude a que chamamos de boa vontade entre os homens é apenas a virtude dos porcos na pocilga, que dormem juntinhos para se aquecer".

A massa nunca se eleva ao padrão do seu melhor membro; pelo contrário, degrada-se ao nível do pior.

Todas as frases acima são do escritor Americano Henry Thoreau.

Biografia

Nasceu em Concord, no Estado de Massachusetts, em 12 de julho de 1817. Descendente de hunguenotes franceses, o menino Thoreau aprendeu a amar a natureza quando levava as vacas da família da mãe para pastar. Na adolescência, ajudou o naturalista suíço Louis Agassiz a coletar espécimes da região.

Em 1837, formou-se em literatura clássica e línguas. Fundou junto com o irmão uma escola, em 1838. Seu método inovador de ensino, que incluía passeios ao campo (field-trips) e não utilizava castigos físicos, não foi bem aceito nos EUA daquela época.

Em 1835, conheceu Ralph Waldo Emerson, poeta e famoso escritor, com quem manteve sempre grande amizade. Apesar de fazer parte do grupo de Emerson, os “transcendentalistas”, Thoreau se esquivava de algumas idéias e divagações místicas típicas do grupo. Ao contrário dos colegas, ele mantinha o foco na vida e no presente. Quando debatia-se o recorrente tema de vida após a morte, Thoreau replicava: “Uma vida de cada vez”.

Com a morte do irmão, Thoreau fechou a escola. Fazia esporádicos trabalhos como agrimensor e como ensaísta, acreditando sempre que o homem devia ganhar somente o necessário para sobreviver. Apenas foi trabalhar na fábrica de lápis da família quando precisou ajudar a mãe e as irmãs, quando da morte do pai.

Thoreau ecologista

Thoreau era um amante da natureza. É considerado, junto com os povos indígenas, um dos avós do movimento ecológico que ganharia forma nos anos 1960. Seus textos e discursos falam sempre sobre as vantagens da vida natural e livre. Ele sempre associava natureza e liberdade e, neste aspecto, sofreu forte influência de Jean-Jacques Rousseau e de textos orientais.

Thoreau libertário

Influenciou fortemente o anarquismo e admiradores desta ideologia. Seu ensaio "A Desobediência Civil" é a base de ação para coletivos de libertários e alguns anarcossindicalistas, além de ter sido posto em prática com sucesso por Mahatma Gandhi.

Pacifismo e Abolicionismo

A prisão de Thoreau se deveu justamente ao fato de ele ter deixado de pagar impostos ao governo americano. Além de suas tendências anárquicas, Thoreau explica que não queria financiar um Estado escravocrata e tampouco uma guerra. Naquela época os EUA mantinham negros como escravos e estavam em uma guerra imperialista contra o México, com o objetivo de anexar territórios.

A posição de Thoreau como abolicionista e defensor da causa negra está registrada em seus textos. Mas não somente isso: ele teve atuação na Underground Railway (ferrovia subterrânea), uma rota de fuga que levava escravos negros para uma vida livre no Canadá.

Fim da vida

Thoreau, que havia saído das florestas a pedido do proprietário do lugar, passou o resto de sua vida empreendendo grandes passeios às florestas e aos campos e também escrevendo muito. Ele acabaria morrendo em 1862 de tuberculose.

A casa que construiu no lago Walden, hoje é um museu que possui uma estátua sua na entrada. A floresta em volta do lago virou área de preservação ambiental. É considerado um dos grandes escritores norte-americanos.

Alguns de seus livros:

A Week on the Concord and Merrimac Rivers (1839)
A desobediência civil (Civil disobedience, 1849)
Slavery in Massachusetts (
1854)
Walden (1854)
A Plea for Captain John Brown (
1860)
Excursions (
1863)
The Maine Woods (
1864)
Cape Cod (
1865) .

Para saber mais sobre este fantástico escritor, pacificador e amante da natureza, http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_David_Thoreau

Por: MBI

Um comentário:

  1. olá:
    criei um blog chamado "lendo walden", com notas de leitura e pesquisas que fiz durante a tradução da obra.
    se quiser visitá-lo, o endereço é http://lendowalden.blogspot.com

    abraço
    denise

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