Bahia, Brasil, 6° mundo.

É engraçado, mas quando falam que o Brasil geograficamente parece o cú do mundo e juntamos o quebra cabeça do “jeitinho brasileiro”, não é que começa-se a achar que realmente somos o cú do mundo. E pior ainda, quando falam que Salvador é o cú do Brasil não é que passamos a nos imaginar o cú do cú! Então resolvendo a matemática desastrosa de onde vivemos, se o Brasil é 3° mundo, nós aqui de Salvador somos? 6° mundo.

Muito simples para os patriotas de plantão e regionalistas de 1° linha que adoram aquela conversinha fiada de que os brasileiros são guerreiros, trabalhadores, acolhedores e blá, blá, blá. Isso se chama instinto, sobrevivência. A verdade é que fomos condicionados num mundinho de plena ignorância, onde nada funciona, onde tudo que é gratuito tem que ser de baixa qualidade, onde tudo que é caro é que é maravilhoso, somos uma máquina de copiar culturas imperialistas e mestres em deixar que destruam nossas culturas.

Temos a cultura do “jeitinho brasileiro”, que na verdade deveria se chamar CORRUPÇÃO, FALTA DE HONESTIDADE e INCOMPETÊNCIA. Somos um país bárbaro, nascido de nossa ingenuidade, para não chamar de burrice mesmo.

Os piores seres que vieram da Europa, mas precisamente de Portugal, invadiram, mataram e destruíram, e nós, até então indígenas, deixamos tudo acontecer por causa de pentes, espelhos e apetrechos que não se conheciam. Enquanto isso nossa língua, cultura, costumes, vestimentas, armas, natureza, tudo devastado.

Como disse o poeta paraibano Augusto dos Anjos, “nas fezes dos monturos realizavam-se os partos mais obscuros dentre a genealogia animal”. Ou seja, do português, negro e índio surgiu nossa civilização, com eles também a forma mais rápida e fácil de sobrevivência, o famoso “jeitinho brasileiro”.

Por: MBI