quinta-feira, 16 de abril de 2009

FOME DE NADA

Em nossa cosmopolita cidade surgem artistas de todos os gêneros e segmentos e a todo o momento nossa esfomeada mídia, aparece com um novo produto cultural para apresentar a sociedade.

Mas uma pergunta vagueia dentro de minha cabeça: Será que gênios como Jorge Amado, criador de obras literárias traduzidas em diversos países, Glauber Rocha, referência nacional para milhares de cineastas, João Gilberto, Dorival Caymmi e Ary Barroso, com composições que retratam nossa Bahia e Brasil por todo o mundo, aparecem mesmo por aí? Ou a espetacularização da mídia é tanta que, põe sob holofotes qualquer um, somente para faturar com a indústria cultural?

Parece uma pergunta complexa, mas se nós pararmos para observar o que acontece nos programas televisivos, na publicidade e na imprensa, surge à constatação de que os artistas da era moderna são preguiçosos para criar, compor novos conceitos, ritmos ou estilos.

Explicando mais diretamente: O famoso jabá ainda prevalece. O artista bonitinho, com sua música bonitinha, desperta em algum empresário, nada bestinha, que tem muita grana, um interesse, não na arte, e sim no lucro que “aquilo” pode lhe trazer.

Contudo, não estou afirmando que não surgem mais artistas ou gênios verdadeiros, ao contrário, se andarmos pelas esquinas de Salvador é o que mais encontraremos. É dessa arte que precisamos; verdadeira, talentosa e pura, livre dessa antiética, criada para lucrar, que serve apenas para entreter, maquiar e lobotomizar, com uma “osmose” frenética, que hipnotiza as mentes ignorantes de informação que o Brasil produz.

Por: MBI

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